É inevitável deixar de reparar ao entrar em Jaboatão dos Guararapes as enormes placas que anunciam - "A Pátria nasceu aqui" - em referência à Batalha dos Guararapes e sua "contribuição" para a "identidade" nacional.
Pois bem, parecem-me agora explicadas boa parte das mazelas do Brasil. Esqueceram as lições da épica batalha, onde negros, índios e brasileiros lutaram juntos. Mesmo que fosse para não pagar o que deviam aos holandeses...
Hoje, se o Brasil é o retrato da desigualdade social, Jaboatão faz questão de lembrar isso. O contraste é impressionante sob todos os aspectos, mas é só morando aqui que a diferença sobressai em relação ao Recife ou Fortaleza e até mesmo Salvador.
Jaboatão é a segunda maior cidade de Pernambuco em número de habitantes. Tem o segundo maior PIB do estado e um dos dez maiores da região Nordeste, segundo o IBGE, com grande parte das empresas do parque industrial pernambucano aqui instaladas. Mas para aí.
Jaboatão é o retrato do descaso dos governantes cujas administrações só fizeram enriquecer seus participantes. Jaboatão sequer tem um prédio próprio para a Câmara Municipal. Tem casas alugadas à peso de ouro, enquanto o prédio construído para esse propósito está abandonado e serve de ponto de prostituição e tráfico de drogas. Ou seja o que não falta a Jaboatão é assunto para escândalos.
Enquanto os escândalos ganham espaço nos jornais, a coleta de lixo é uma das piores do estado. Mas afinal, o que tem a ver Jaboatão de hoje com a vila que sediou a famosa batalha? Assunto para teses intermináveis, aposto no comprometimento de seus habitantes. Jaboatão é o retrato do verdadeiro Brasil que ninguém quer ver. De pessoas mais preocupadas com o próprio umbigo.
E são reflexões sobre isso que quero fazer. Falar de cidadania e participação. A primeira não existe sem a segunda.
Enfim, reflexões. O que espero? Talvez começar a mudar a associação inevitável que faço ao ver as placas na entrada: Está explicado por que o Brasil é assim...
Pois bem, parecem-me agora explicadas boa parte das mazelas do Brasil. Esqueceram as lições da épica batalha, onde negros, índios e brasileiros lutaram juntos. Mesmo que fosse para não pagar o que deviam aos holandeses...
Hoje, se o Brasil é o retrato da desigualdade social, Jaboatão faz questão de lembrar isso. O contraste é impressionante sob todos os aspectos, mas é só morando aqui que a diferença sobressai em relação ao Recife ou Fortaleza e até mesmo Salvador.
Jaboatão é a segunda maior cidade de Pernambuco em número de habitantes. Tem o segundo maior PIB do estado e um dos dez maiores da região Nordeste, segundo o IBGE, com grande parte das empresas do parque industrial pernambucano aqui instaladas. Mas para aí.
Jaboatão é o retrato do descaso dos governantes cujas administrações só fizeram enriquecer seus participantes. Jaboatão sequer tem um prédio próprio para a Câmara Municipal. Tem casas alugadas à peso de ouro, enquanto o prédio construído para esse propósito está abandonado e serve de ponto de prostituição e tráfico de drogas. Ou seja o que não falta a Jaboatão é assunto para escândalos.
Enquanto os escândalos ganham espaço nos jornais, a coleta de lixo é uma das piores do estado. Mas afinal, o que tem a ver Jaboatão de hoje com a vila que sediou a famosa batalha? Assunto para teses intermináveis, aposto no comprometimento de seus habitantes. Jaboatão é o retrato do verdadeiro Brasil que ninguém quer ver. De pessoas mais preocupadas com o próprio umbigo.
E são reflexões sobre isso que quero fazer. Falar de cidadania e participação. A primeira não existe sem a segunda.
Enfim, reflexões. O que espero? Talvez começar a mudar a associação inevitável que faço ao ver as placas na entrada: Está explicado por que o Brasil é assim...
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